O que é um poema ?

Um poema é uma obra literária apresentada geralmente em "versos" e "Estrofes" (ainda que possa existir "Prosa poética", assim designada pelo uso de temas específicos e de "Figura de linguagem" próprias da "Poesia". Efetivamente, existe uma diferença entre "Poesia" e poema. Este último, segundo vários autores, é uma obra em verso com características poéticas. Ou seja, enquanto o poema é um objeto literário com existência material concreta, a poesia tem um carácter imaterial e "Transcendência".


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O dia entediante


                                         ( Giovane da Silva )

Deslizando um simples lápis no papel,
E fazendo um pequeno esforço mental.
Sem estar olhando para o azul do céu.
Em outro entediante dia normal.

Escrevendo coisas insignificantes,
Como lembranças, histórias e contos.
Em dias como esse, nada é interessante,
Pois é apenas mais um dia monótono.

Olhando o tempo se passando, minuto por minuto
Esperando algo novo acontecer.
Fechado no quarto em silêncio absoluto,
No tédio e na falta do que fazer.

Cai à noite e bate uma dor de cabeça
Pelo grande dia sem nenhum acontecimento.
Sentindo falta daquela tarde travessa,
Que deveria hoje ter a qualquer momento.

Em dias como esse, o tempo se passa lentamente,
Mas finalmente esse dia chega ao fim.
Pedindo agora desesperadamente
Para que o próximo dia não seja assim.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A casa velha


                                               ( Giovane da Silva )
Longe das florestas,
No topo da montanha
Onde não há nada
Existe uma casa velha.

Lá não vai ninguém,
Apenas uma alma estranha.
A alma de um coveiro
Que construiu a casa na montanha.

Aquela casa velha.
Aquela velha casa assombrada.
Longe de tudo, longe do mundo
Era onde o coveiro morava.

O coveiro morreu e sua alma ficou.
Para tomar conta da casa velha,
Pois foi a única coisa que ele deixou.

O tempo se passa e tudo envelhece.
Torna-se uma lenda aquela casa velha.
É como se o coveiro ainda lá estivesse,
Olhando o mundo pela janela.

A casa era onde o coveiro dormia.
Lá só lhe servia de moradia,
Pois era no cemitério que ele passava o dia.
E era assim que o coveiro vivia.

O velho baú de sonhos

                                 (Giovane da Silva)

Oh! Que coração tão vazio,
Concentrado na dor que não se sente.
Com o corpo pálido e sombrio,
Vivendo sem razão em um mundo descontente.

Há quanto tempo não voltas a este lugar,
As pessoas já não estão mais por aqui.
Você sumiu e elas pararam de sonhar,
E por isso deixaram de existir.

Com esse seu coração gelado,
Fica extremamente difícil te definir.
Por ter um coração empedrado,
Você nunca irá sorrir.

Oh, pequeno Ricky! Está cedo para se partir,
Você tem pessoas para visitar.
Oh, desculpe-me! Eu me esqueci!
Todos daqui pararam de sonhar,
E deixaram de existir.

Hey Ricky! Seu tempo está se esgotando,
Você não teve um passado, e não terá um futuro.
Este lugar você não continuará freqüentando,
Pois seu coração ainda permanece duro.

Olha! Seu tempo se esgotou.
O velho baú de sonhos desapareceu,
E você só se lembra dele,
Por que foi aqui,
Que você nasceu, viveu e morreu.